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  • Writer's pictureAngèle Berdat

Carreira internacional: empresa e colaboradores se adaptam à pandemia

Quatro colaboradores da Japan Tobacco International (JTI) estavam de malas prontas quando seus planos foram alterados devido às restrições impostas pela pandemia Com as limitações de circulação e distanciamento social impostas pela pandemia, empresas e colaboradores precisaram readequar seus planos de carreira internacional. Na JTI, quatro profissionais estavam em pleno processo de mudança quando iniciou a quarentena. O esforço para manter os planos foi grande e exigiu, inclusive, a readequação do destino de um deles. Dois já conseguiram chegar a seus novos países de trabalho e os outros dois aguardam pela viagem. Agora, eles compartilham suas experiências, contam como estão encarando esta nova etapa de suas carreiras diante desse cenário adverso e dão dicas para quem quer trilhar o mesmo caminho. Em um momento repleto de incertezas, a decisão de manter a mudança dos colaboradores não foi fácil, mas para o Diretor de Pessoas & Cultura da JTI, Thiago Dotto, era a única que fazia sentido. “Passamos por um período de muitas indefinições, mas os nossos valores falaram mais alto. Nós temos uma visão de longo prazo que inclui o investimento e o desenvolvimento constante de nossos colaboradores. Eles estão prontos para viver a nova etapa de suas carreiras, aprimorarem e desenvolverem suas habilidades e nós temos o compromisso com eles de fazer isso acontecer”, analisa. Segundo ele, essa decisão exigiu que a empresa se reorganizasse para oferecer as condições de segurança necessárias, compreender as novas exigências dos países para os quais os colaboradores iam se mudar e como viabilizar as mudanças. “Para o Roger, colaborador que conseguiu se mudar antes das restrições, reforçamos a nossa assessoria para que ele e sua família tivessem os recursos e informações necessárias para passar esse período com tranquilidade. Para os demais, precisamos aguardar a situação se acalmar para prosseguirmos com o processo. Agora, esperamos que até o final do ano todos já estejam em seus novos países”, destaca. Experiência internacional em meio a quarentena Em 12 de março, Roger Arslan desembarcou na Cidade do México com sua esposa, sua filha, de um ano, e dois cachorros, como o novo Diretor de Vendas da JTI México. Nessa época, as primeiras notícias sobre a pandemia já circulavam no país, porém, nenhuma medida mais restritiva havia sido tomada até então. Isso permitiu a Roger ir ao escritório por uma semana. Porém, após esse período, todos os colaboradores passaram a atuar em home office e a cidade adotou medidas restritivas de deslocamento e circulação. “Cheguei em um país novo, com um trabalho, escritório novo, pessoas novas e tive que ficar trabalhando de casa. Foi um cenário bem diferente do que eu havia imaginado, porém, seis meses depois, posso afirmar que a experiência tem sido muito positiva”, conta Arslan. O distanciamento dos colegas não impediu o andamento do trabalho e a aproximação com a equipe. Em dois meses e meio após sua chegada, ele e seu time entregaram um projeto para alavancar as vendas da empresa que já está mostrando resultados. “Tínhamos um problema sério de distribuição e volume de vendas em alguns mercados aqui. Reestruturamos nossas estratégias e os resultados têm se mostrado promissores”, analisa. Para Roger, o mais difícil de toda a situação tem sido a impossibilidade de ver a família que ficou no Brasil. Eles já estavam com passagem comprada para visitá-lo no meio do ano, porém, precisaram adiar os planos. Contudo, ressalta que a tecnologia e o acolhimento dos colegas têm amenizado a saudade. “Estou tendo uma experiência sensacional, imerso em um país com outra cultura, outra língua, outro cenário de mercado. É uma oportunidade muito importante para crescer pessoal e profissionalmente. A distância familiar pesa, mas temos compensado nos falando regulamente pela internet”, ressalta. Essa é sua primeira experiência profissional morando em outro país. Ele também destaca que a proximidade cultural entre os dois países contribuiu para sua adaptação. “Apesar de todos os desafios, me sinto muito bem acolhido aqui. É um país latino, as pessoas têm um jeito mais próximo ao nosso e, além disso, a JTI tem prestado todo o auxílio que precisamos”, reflete. Planos adiados Com cinco anos de atuação na organização, Christiane Costa, Gerente de Comunicação Corporativa, estava de malas prontas com destino a Miami, nos Estados Unidos, quando chegou a pandemia. Lá, seria responsável pela Comunicação Institucional da Regional Américas da JTI. Porém, com as restrições de viagem impostas pelo governo americano, ela embarcou para um outro destino: Genebra, na Suíça, onde fica a sede global da empresa. Neste novo endereço, participará de um time ágil – equipe interdisciplinar que tem como objetivo encontrar soluções de maneira rápida, efetiva e que levem em consideração as diferentes áreas da organização – que está sendo estruturado para auxiliar na implementação das estratégias de comunicação da empresa e suporte aos mercados. “É claro que adiar os planos foi frustrante num primeiro momento, porém, agora estou me preparando para essa nova mudança cheia de expectativas e com ainda mais vontade. Acho muito boa a sensação de chegar em um lugar que ninguém lhe conhece e você precisa não só mostrar a que veio, mas também estar disposto a aprender. Oportunidades como essa precisam ser vividas e bem aproveitadas”, afirma Christiane. Desde que entrou na organização, ela sempre deixou claro aos seus gestores sua total mobilidade e foi atrás de experiências que pudessem contribuir para a realização desse sonho. Anualmente, os colaboradores da JTI participam de uma ferramenta interna que possibilita incluir seus objetivos como seus planos de desenvolvimento. Mais uma oportunidade que ela teve de mostrar à organização os seus anseios. Além disso, a empresa oferece diversos programas de formação de líderes, dos quais ela participou ativamente. Tanto que essa não é a sua primeira transferência interna. Depois de passar três anos estudando na Irlanda, Christiane ingressou na JTI em 2015, como Supervisora de Comunicação em Santa Cruz do Sul – município gaúcho onde se localiza a fábrica de processamento de tabaco da empresa. Dois anos depois, passou a trabalhar em São Paulo, no mesmo cargo, até que, em setembro de 2019, se tornou Gerente de Assuntos Corporativos e Comunicação. Em 2018, ela já havia sido aprovada em um processo seletivo interno para trabalhar nos Estados Unidos. Porém, por entraves burocráticos, a ideia precisou ser adiada. “Toda essa situação de pandemia pela qual estamos passando me faz desejar ainda mais uma oportunidade como essa. Estou muito empolgada em poder trabalhar fora, viver novas experiências, conhecer novas pessoas, lugares e encarar outros desafios”, conta empolgada. Christiane acredita que a sua experiência internacional prévia, sua busca constante por qualificação e seu foco em uma carreira internacional foram determinantes para a conquista dessa oportunidade. “Minhas formações acadêmicas, minhas experiências profissionais, o fato de já ter morado no exterior, e, principalmente, estar sempre disposta a aprender e vivenciar novas experiências contribuíram e me prepararam para este momento”, analisa. A busca por novos desafios também é o que fez com que João Marcelo Marins, Gerente de Relações Governamentais, buscasse uma oportunidade internacional. Com o apoio da JTI, ele se mudou para Genebra no dia 30 de julho – quatro meses depois do previsto inicialmente – em uma viagem já marcada pela nova realidade imposta pela pandemia. “A companhia aérea exigiu de todos os passageiros a apresentação de um teste de Covid-19 negativo realizado no mínimo 72h antes do embarque e o uso de máscara durante todo o voo. Além disso, para desembarcar na Europa havia outras exigências, como ter visto de trabalho, residência ou ser cidadão europeu”, conta Marins, que agora atua no time ágil de Assuntos Corporativos da JTI, no qual auxilia equipes de diferentes países com suas políticas e projetos na área. “Depois de toda essa espera, estava ainda mais empolgado com a nova oportunidade. Esse time que faço parte tem pessoas de 27 nacionalidades, todos falam pelo menos três ou quatro línguas e trazem uma bagagem profissional muito sólida na área de assuntos corporativos”, conta Marins. Para ele, outro atrativo tem sido a possibilidade de trabalhar em projetos. “É uma equipe que está se envolvendo em diferentes temas, como tributação, regulamentação, direitos humanos etc. Então, de tempos em tempos, os assuntos mudam e um novo desafio é proposto”, explica. Ele também destaca que a organização tem tomado várias medidas para evitar surtos de Covid-19, já que na cidade o trabalho presencial já foi retomado. “A cada semana apenas um turno de colaboradores pode ir ao escritório, enquanto os demais fazem home office. A temperatura é medida logo na entrada e não é permitida a circulação fora do seu andar”, destaca. As mudanças também incluem as refeições que têm sido feitas por turnos e em horários específicos e a disponibilização de estações de higienização. Segundo Marins, que já trabalhou em outras companhias multinacionais, sua trajetória e dedicação foram os principais motivos que o fizeram conquistar a oportunidade. “Acumulei muitas experiências e aprendi e aprendo demais com as pessoas que já trabalhei e ainda trabalho. Acredito que a interação com profissionais de alto nível é um pilar fundamental para a formação de qualquer um. Minha constante dedicação e vontade de aprender e melhorar me fizeram conquistar essa oportunidade", conta Marins. Ele também destaca que os programas voltados à liderança, existentes na JTI, contribuíram para o seu desenvolvimento. Outro colaborador da JTI que teve seus planos de mudança para Genebra adiados foi Thiago Eidt, Gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da América Latina. Ele se preparava para encarar sua segunda oportunidade internacional na organização quando a pandemia interrompeu os planos. Eidt já ingressou na empresa trabalhando no exterior. Em 2013, ele estava em uma empresa concorrente no Brasil, quando percebeu que havia uma oportunidade melhor na JTI, para trabalhar na Alemanha. Assim, decidiu aplicar à vaga, foi selecionado e ficou no país por quatro anos, até ser transferido ao Brasil. “A oportunidade de voltar para o meu país de origem foi muito importante tanto pessoal quanto profissionalmente. Eu gosto muito da área de desenvolvimento de novos produtos e aqui existiam muitas oportunidades e trabalho a ser feito. Agora, vou encarar esse desafio a nível global”, afirma. A espera do embarque só aumentou as expectativas quanto à nova oportunidade. “Estou realmente muito empolgado, espero estar logo me juntando ao time”, ressalta. Para ele, a conquista dessa nova experiência internacional se deve ao fato de, ao longo de sua trajetória, ter sido ele mesmo, ao seu esforço para aprender continuamente, à realização de um bom trabalho, à sua perseverança e ao relacionamento sólido que construiu com seus colegas de trabalho. Segundo Dotto, a história desses profissionais demonstra as qualidades que alguém que almeja uma carreira internacional precisa ter. “Primeiro, é necessário possuir um norte, saber onde se quer chegar e ir buscando as oportunidades que podem levar a isso. Depois, é preciso saber trabalhar em equipe, conseguir lidar com as diferenças, mostrar um bom trabalho e perseverança. Oportunidades assim não surgem do dia para a noite, é preciso construí-las ao longo do tempo”, afirma, destacando que a JTI oferece aos seus profissionais o suporte para que desenvolvam suas carreiras. Segundo ele, o profissional já contar com outras experiências internacionais ajuda, mas não é essencial. “Nós trabalhamos com a formação de nossas lideranças no longo prazo. Uma pessoa que ainda não tenha tido a oportunidade de morar fora chega aqui e aos poucos vai construindo uma carreira, vai viajando e vai se especializando para quando chegar o momento certo poder aproveitar uma oportunidade fora do país”, afirma Dotto. Ele ressalta que durante o processo de mudança, a JTI também oferece todo o suporte aos profissionais com auxílio aluguel, aulas de idiomas e outros benefícios. Sobre a JTI A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. Também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 45 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos. A JTI é membro do Japan Tobacco Group of Companies. No Brasil, são mais de mil colaboradores em 10 Estados além do Distrito Federal. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em 16 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Djarum, Winston e Camel, essa última também exportada para a Bolívia. Em 2018, 2019 e 2020, a JTI foi reconhecida como Top Employer Brasil.

Christiane Costa, Gerente de Comunicação Corporativa da JTI, embarcou para a Suíça em outubro. Arquivo Pessoal


Diretor de Vendas da JTI México, Roger Arslan , desembarcou no país uma semana antes da adoção de medidas restritivas de deslocamento e circulação.


João Marcelo Marins, Gerente de Relações Governamentais da JTI, se mudou para Genebra em julho.


Thiago Eidt, Gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da América Latina, conseguiu viajar somente no dia 21 de outubro.

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